sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Lançamento do Curso PMP® para Todos

Lançamos hoje o PMP® para Todos, fruto do trabalho das pessoas que acreditaram na ideia de que um curso de gerenciamento de projetos aberto, gratuito, preparatório para as certificações PMP® e CAPM® do PMI®ajudaria muita gente a atingir seus objetivos pessoais e profissionais. Acreditávamos, quando lançamos a iniciativa, que era preciso democratizar o conhecimento em gerenciamento de projetos. Ainda acreditamos nisso.
Escrevi um texto para o lançamento que reflete não só o conteúdo do curso, mas minha visão pessoal sobre o que vivemos hoje e o que espero para o futuro. Outorguei-me tal direito visto o esforço dedicado ao trabalho. Aos que tem pressa, basta buscar pelos links do curso ao fim do artigo para acessar todo o conteúdo do curso preparatório gratuito para as certificações CAPM® e PMP® que hoje lançamos e que é reconhecido pelo PMI® como educação formal, requisito para que os candidatos prestem ambos exames.

Nós Somos do Brasil

Vivemos num Brasil em crise. Agências internacionais dizem que nosso país não é um bom lugar para se investir. Mariana, corrupção, inflação, desemprego. Mas o que isso tem a ver com um curso gratuito em gerenciamento de projetos? Tudo, porque nós criamos este curso juntos. Nós dissemos para nós mesmos que iríamos fazer algo que não fosse só pelo nosso bem, mas pelo bem comum, algo para todos. E quando trabalhamos juntos para todos, construímos um futuro melhor para nós mesmos.
Era dia 15 de março de 2015, dia de uma das maiores manifestações populares já ocorridas no país. Eu estava, então, no ático do apartamento em que vivia em Florianópolis lançando o crowdfunding PMP® para Todos enquanto o país marchava contra a corrupção. Este curso tem um significado, tem um peso, ele é minha própria manifestação. Quando compartilhei com a comunidade profissional este sonho, então ele passou a ser a nossa manifestação.
Acredito que nosso futuro não depende nem podemos fazer com que dependa de uma classe que é predatória, a classe política. Acredito que nós somos o futuro, eu e você. Vamos construir juntos o conhecimento que precisamos para mudar e, desta forma, por meio do trabalho - conhecimento posto em prática -, o país que queremos. É hoje que se faz o amanhã e nós já estamos na lida.
Grande Arquiteto nos disse que não há diferença entre os últimos e os primeiros, que todos dispostos a trabalhar são bem vindos em sua vinha. Você tem o dom de transformar em realidade qualquer sonho que possa ser sonhado. Mais do que isso, tem a habilidade de se relacionar com outros que compartilhem esta mesma visão. Sua capacidade é limitada apenas por você mesmo. Que tal criar o curso "ITIL para Todos"? Ou "Scrum para Todos"? "Cisco para Todos"? Aquele blog que você tem pensado há anos em criar, o livro, a empresa, o projeto... Comece hoje. Comece estudando gerenciamento de projetos com a gente, com o PMP® para Todos.
Que este curso seja mais um tijolo no movimento de compartilhamento e construção voluntária de conteúdo profissional para todos, para umBrasil melhor, para o Brasil do presente, do hoje, porque quando começamos algo o futuro deixa de ser uma ideia distante e se torna manifesto.
Por fim, não permitamos que agências digam o que é que somos e o quanto valemos. Nós precisamos nos dar valor. Por enquanto, enquanto não nos libertarmos da casca egoísta que nos impõe e pela qual nos prende a sociedade capitalista, somos o que o mercado nos diz ser. Contudo, um a um, pouco a pouco, quebraremos estas paredes que nos impedem de irmos mais longe.  Quem é solidário nunca está só e é por isso que estamos juntos agora.
Continua: www.linkedin.com/pulse/lan%C3%A7amento-do-curso-pmp-para-todos-frederico-aranha-pmp-itil-expert

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A CONTABILIDADE E O AVANÇO DA TECNOLOGIA

Com o passar dos anos, a contabilidade tem sofrido constantes mutações, não apenas legais, mas sim práticas. Esta evolução advém da própria necessidade do mercado em receber informações cada vez mais detalhadas e hábeis para a tomada de decisões gerenciais, administrativas ou financeiras.
Se a ciência evolui, o profissional também precisa evoluir a fim de acompanhar os novos conceitos utilizados e esta é a rotina dos contabilistas que não podem, em momento algum, deixar de se atualizar e estudar assuntos correlatos à contabilidade, ao mercado financeiro, ao sistema de tributação e à tecnologia que cerca todos estes conceitos.
Conforme Julio Cesar Zanluca, em seu artigo O Perfil do Contabilista no Século XXI"a principal característica da profissão, no século XXI, será o conhecimento aplicado. Não menos importante, é que o contabilista precisa ser um profissional flexível, autodidata e preparado para enfrentar desafios de uma profissão na qual a competição e exigências crescem a cada dia".
A fim de exemplificar esta afirmação, não precisamos voltar muito no tempo para ver as modificações que a tecnologia trouxe para os profissionais de contabilidade, que a não muitos anos atrás ainda entregavam a declaração do imposto de renda de seus clientes em formulário ou disquete a ser entregue pessoalmente nos endereços da Receita Federal.
Hoje, com a internet cada vez mais consolidada dentro das organizações, este processo tornou-se muito mais ágil e prático. Basicamente todas as obrigações acessórias das entidades podem ser cumpridas através de programas de processamento de dados que tratam as informações e as remetem ao órgão competente. É claro que com isto, a fiscalização também ganhou agilidade.
As empresas, cada vez mais, lançam mão da tecnologia para auxiliar seus gestores no processo decisório e na elaboração de planos estratégicos. Dentre várias alterações, vimos claramente o aumento dos sistemas integrados de gestão empresarial, os ditos ERP, que de uma forma bastante eficiente cruzam dados que foram imputados nos seus mais diversos módulos a fim de gerar relatórios detalhados sobre qualquer aspecto ou departamento da empresa.
SPED - Sistema Público de Escrituração Digital, foi outro passo importante e que merece especial atenção pelos contabilistas. O modelo de nota fiscal eletrônica adotada no Brasil está sendo estudado por diversos outros países que pretendem adotar o modelo brasileiro. Outras alterações já estão previstas para a Escrituração Contábil Digital e para a Escrituração Fiscal Digital, como a inclusão do e-Lalur, por exemplo.
Os avanços tecnológicos também forçaram uma melhora do pensamento contábil, que foram movidos pelo agigantamento da corrupção e o uso da Contabilidade para fins ilícitos; a euforia normativa com a participação interventora do Estado e das entidades de classe; a visão social e a dilatação do estudo contábil para as relações ambientais, além da globalização dos mercados e a necessidade de harmonização às normas internacionais.
Enfim, todo este avanço valoriza ainda mais o profissional contábil, que frente a estas mudanças, trata de se atualizar. A contabilidade tem hoje a missão de informar não somente dados fiscais, mas também aspectos econômicos e gerenciais aos quais a empresa está sujeita e tudo isto com a maior exatidão, clareza e velocidade possível.
* Reinaldo Luiz Lunelli é contabilista, auditor, consultor de empresas, professor universitário, autor de diversos livros de matéria contábil e tributária e membro da redação dos sites Portal Tributário e Portal de Contabilidade.
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/contabilidadeetecnologia.htm

terça-feira, 29 de abril de 2008

A contabilidade funciona

Por: Cláudio Gradilone

Parmalat. Enron. WorldCom. Tyco. Apenas algumas das empresas envolvidas em gigantescas fraudes contábeis nos últimos anos. Os escândalos vitimaram empresas de auditoria sólidas como a Arthur Andersen e forçaram mudanças na lei americana, como a introdução da lei Sarbanes-Oxley, que aumenta a responsabilidade de executivos financeiros, auditores e contadores. Além disso, as fraudes abalaram a credibilidade dos balanços em si. Para Ariovaldo dos Santos, professor de contabilidade da Universidade de São Paulo e responsável pelo anuário Melhores e Maiores, de EXAME, esses problemas vão colocar em dúvida a credibilidade do trabalho dos contabilistas. "As irregularidades foram descobertas justamente por meio da análise contábil", diz Ariovaldo. A Parmalat italiana parecia uma empresa sólida, mas escondeu um rombo bilionário em seus balanços durante anos, enganando auditores, bancos e acionistas. Ainda assim é possível dizer que a contabilidade funciona? Não vamos confundir o caso de determinada empresa com o fracasso da contabilidade como um todo. Os princípios contábeis são sólidos, consistentes e mudaram muito pouco ao longo dos anos. Os problemas que ocorreram na Parmalat, na Enron e em outras corporações decorreram de práticas contábeis incorretas. Aliás, as fraudes foram descobertas exatamente por meio de uma análise mais apurada dos balanços. Ou seja: no longo prazo, a contabilidade não mascara os problemas, ela os demonstra e os comprova. Mesmo assim, um contador mal-intencionado pode usar a flexibilidade das normas para mudar o resultado final de uma empresa. Há limites para isso. É possível esconder algo errado durante algum tempo, mas não para sempre. A contabilidade não é uma ciência exata, mas é muito lógica. Um contador mal-intencionado pode eventualmente adotar uma interpretação incomum e forçar um resultado melhor do que a realidade num dado momento. Se isso se tornar uma prática comum, porém, vai ser fácil perceber que há algo errado. Uma reincidência no erro ou na interpretação "incomum" mostra uma fuga sistemática do princípio. A nova lei americana Sarbanes-Oxley não é uma prova de que a contabilidade precisa mudar? A nova lei não alterou um princípio contábil sequer, apenas tornou os procedimentos mais rígidos e definiu melhor a responsabilidade dos executivos e dos auditores. Agora, os executivos financeiros também respondem pelas fraudes, algo que não tem relação com a contabilidade em si. E o caso específico da Parmalat? O rombo estimado em 14 bilhões de euros não apareceu num trimestre. Não conheço os números em detalhes e por isso não quero opinar. Mas os balanços mostravam que a empresa possuía cerca de 6 bilhões de euros em caixa, dinheiro inexistente. A manutenção de uma quantia tão grande em caixa deveria, no mínimo, ter chamado a atenção dos auditores. Um telefonema para o banco da Parmalat perguntando se os números lançados no balanço estavam corretos poderia ter evitado muitos problemas.

Fonte: http://portalexame.abril.com.br